Na última quarta-feira (17/03/2021) representantes da INPLAC, Prefeitura Municipal de Biguaçu e de empresas de projetos ambientais assim como da empresa RDO, sr. Roberto, junto com a imprensa estiveram reunidos no Costão do Santinho, norte de Florianópolis, para discutir a defesa para que uma ação do IBAMA não se concretize. 46634u
É que aquele canal tampado, que corta a fábrica da INPLAC e vai até a rua 7 de Setembro no centro de Biguaçu e que funciona como CANAL DE DRENAGEM, é alvo de um processo judicial para que ele fique a céu aberto.
Isso abortaria de vez um projeto antigo de se criar o Boulevard “João Brasil de Azevedo”, com cerca de 12.000 m2, que seria a maior e mais bonita praça de Biguaçu, ligando a Av. Marcondes de Mattos com a rua 7 de setembro. Esse projeto, que inclusive já foi aprovado pela Câmara Municipal no ado, pode virar um sonho de noite de verão pois “destampando-o” a poluição que existe nele seria mais exposta tornando um atentado a saúde pública.
A HISTÓRIA DESSE CANAL
No encontro, que estava presente o ex-presidente da INPLAC e dono do Costão do Santinho, Fernando Marcondes de Mattos, foi marcado por indignação.
Mattos relembrou como esse canal surgiu contanto que fazia mais ou menos 30 anos que foi procurado pelo então prefeito João Brasil de Azevedo (in memoriam) para que ele cedesse uma parte das terras onde ficava a empresa de plásticos com o objetivo de que as águas vindas do outro lado da BR 101 não fossem no seu curso natural seguindo rumo a Praça central de Biguaçu onde ficava a igreja Matriz, pois a vazão não dava mais conta e as enchentes eram constantes.
Abrindo esse canal no terreno da INPLAC esse problema acabaria. Fernando Marcondes concedeu e aí surgiu a vala que anos mais tarde foi ampliada e colocado concreto tanto nos lados como em cima para que o canal não assoreasse e não exalasse o odor porque o que corre nele é esgoto vindo das casas do lado oeste do município que derramam seus dejetos há décadas.
Só para se ter ideia da importância desse canal para não causar as enchentes na cidade, as obras de macrodrenagem feitas em Biguaçu, uma delas escoa justamente nesse canal fazendo com que as enchentes do outro lado da BR 101 não voltasse a ter.
Marcondes de Mattos faz uma analogia com o canal da Hercílio Luz no centro de Florianópolis. Para ele mandar destampar o canal atrás da INPLAC é a mesma coisa que mandar destampar o da Hercílio Luz.
Por causa disso, o objetivo da reunião foi justamente traçar uma frente de trabalho para tentar convencer a justiça do retrocesso que essa medida causaria inclusive ambientalmente.
Ficou acertado que vai ser feito uma força tarefa para que uma empresa especializada em projetos ambientais argumentará e levará propostas de compensações ambientais para o IBAMA. A prefeitura de Biguaçu abonará a importância de que esse canal de drenagem continue como está, pois abri-lo será uma calamidade pública. Outras medidas como informações importantes tem que ser levadas ao setor jurídico da entidade que até pouco tempo achava que a área atrás da INPLAC estava em zona rural.
O objetivo é sensibilizar o IBAMA porque o que se quer criar é um parque urbano com árvores e pistas de ciclovia com 30 metros de cada lado respeitando a legislação além é claro de não prejudicar a empresa de plástico que já tem projetos de expansão no trecho da Av. Marcondes de Mattos em direção a fábrica. Destampar a vala causaria no futuro assoreamento do canal prováveis enchentes.
Fonte Jornais em Foco
Décio Baixo Alves