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Desde 2023, ao menos 275 pessoas atendidas na UPA Arlindo Corrêa, em Biguaçu, precisaram de internação hospitalar, mas não conseguiram vaga no Hospital Helmuth Nass. Os casos foram encaminhados pelos profissionais da própria unidade de pronto-atendimento, mas todos foram recusados. O cenário tem gerado revolta entre médicos, familiares e servidores da saúde. 11h3e
No sábado, dia 26, Handerson Wisbech foi encaminhado pela UPA 24 Horas para o Hospital Regional de São José, onde está internado em uma maca de ambulância no corredor junto com outros pacientes em situações inaceitáveis para um cidadão comum de nossa cidade, Biguaçu possui um hospital com 20 leitos de retaguarda com apenas 8 leitos o culpado.
Handerson Wisbech está internado no Hospital Regional de São José em uma maca de ambulância nos corredores desde o dia 26, sábado ado.
De acordo com relatos recebidos pela reportagem, o problema é recorrente. Antes mesmo da regulação oficial do Estado, médicos da UPA chegavam a ar horas ao telefone tentando viabilizar vagas. Em várias ocasiões, a equipe recebia a promessa de leito reservado. Contudo, após a preparação do paciente para a transferência, novas exigências de exames e informações eram feitas – e, ao fim, o hospital alegava não haver mais vaga disponível. n5d1e
Mesmo com a regulação estadual, a situação persiste. Segundo profissionais da UPA, o Hospital de Biguaçu adota uma postura burocrática e evasiva, solicitando repetidamente documentos e resultados, para depois negar a internação. Em diversos casos, a recusa em itir pacientes locais tem provocado sofrimento e, em situação extrema, a morte de uma pessoa que aguardava por atendimento hospitalar adequado. Foi o caso de uma idosa em estado paliativo, que permaneceu dias em leito de isolamento na UPA por falta de vaga no hospital. Chegaram a comprar comida especial para a paciente, que precisava ser alimentada por sonda, além de relatar a ausência de banho adequado e estrutura mínima. A paciente veio a óbito sem ser transferida. A família acionou o Ministério Público, mas também demonstrou gratidão ao esforço dos médicos e enfermeiros da UPA diante das dificuldades enfrentadas. 2m3m6
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Em outra situação, moradores pediram que os pacientes permanecessem mais de 24 horas na UPA, para evitar transferências para municípios distantes como Santo Amaro e Angelina, por falta de condições para visitar os familiares. Em maio deste ano, uma paciente foi inicialmente recusada pelo Hospital de Biguaçu e só conseguiu internação após insistência da família, sendo regulada posteriormente para o Hospital Regional de São José. 2m1x16
Além da recusa sistemática às transferências, médicos da UPA relatam desrespeito por parte de colegas do Hospital de Biguaçu. Segundo os relatos, é comum que profissionais da unidade hospitalar questionem diagnósticos e condutas da equipe de pronto atendimento, colocando em dúvida a competência dos médicos da UPA. “Nos tratam como se fôssemos inexperientes ou estúpidos na medicina”, relatou um servidor. 25m5w
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O Hospital de Biguaçu negou mais uma vez, em menos de uma semana, a internação de quatro (4) moradores do município, inclusive um que está enfermo com a mesma doença da vereadora Bia, dengue. Esse morador que está com dengue foi internado no Hospital de Angelina, a mais de 120 quilômetros de nossa cidade. É importante frisar que o sistema de regulação da Secretaria de Saúde de Santa Catarina, SISREG, confirmou os quatro (4) leitos de retaguarda para internação dos quatro (4) moradores no Hopsital de Biguaçu. Porém, mais uma vez alegaram que os moradores não têm perfil daquela unidade de saúde, mas dez (10) de seus vinte (20) leitos de retaguarda estão desocupados e livres para serem ocupados.
As críticas se estendem ainda à gestão do hospital, que, segundo denúncias, não respeita nem mesmo a autoridade da Secretaria Municipal de Saúde de Biguaçu, ignorando solicitações oficiais e desconsiderando as necessidades da população local. 1m2g13
Vale lembrar que o hospital Helmuth Nass recebe todos os meses dois rees fixos: R$1.852.000,00 do ministério da saúde e R$ 810.000,00 da secretaria estadual, totalizandoR$ 2.662.000,00 (dois milhões, seiscentos e sessenta e dois mil reais). Nesse valor não estão computados os rees variáveis que são de acordo com o número de cirurgias que o hospital faz. Já o município de Biguaçu concede o prédio e a equipe de regulação que faz o agendamento no sistema – SISREG. 145u49
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Gabriel Scalcon, o bagre ensaboado da Organização Social São Camilo, que foge da imprensa de Biguaçu. Aí tem e das grossas?
A reportagem do jornal em Foco entrou em contato via WhatsApp com o diretor geral da São Camilo, entidade que gerencia o hospital, Gabriel Scalcon, para saber quais as justificativas por não receber esses 275 pacientes oriundos da UPA Arlindo Correia. Como é de praxe, Scalcon fugiu dos questionamentos e perdeu a oportunidade para dar uma resposta pública sobre essas negativas, até para confortar, se existe uma resposta convincente, para esses pacientes e seus familiares. 6bv5i
Outro questionamento que o jornal fez foi para a secretária de saúde de Biguaçu, Ana Flávia de Almeida. Queríamos saber qual o posicionamento do órgão municipal sobre esse fato: o hospital da cidade dizer não aos pacientes que buscam internação nele. Almeida respondeu o seguinte: 6o6z58
“A regulação de leitos é realizada através do sistema SISREG, e a gestão de leitos é feita pela SES – Secretaria de Estado da Saúde.” 1d2267
“As alegações (do hospital) para as negativas são variadas e baseadas em critérios clínicos estabelecidos pelo médico assistente”, 234h37
“Em relação à baixa taxa de ocupação, a Secretaria Municipal tem feito o acompanhamento e a informação para os sistemas do estado e do Ministério da Saúde. Realizamos também um estudo em conjunto com a SES para realizar um vocacionamento para o hospital, de acordo com a necessidade da região. Os leitos de retaguarda, bem como os leitos de UTI, fazem parte de um planejamento regional. Em conversa com a secretaria de estado, a sugestão é fazer o desconto do ree estadual, de acordo com o bloqueio dos leitos sem critério. 33223q
Pelo jeito e graças a Deus, os “critérios clínicos” adotados pelo hospital de Biguaçu, istrado pela São Camilo, não são os mesmos critérios dos outros hospitais que acabaram recebendo os 275 pacientes, a maioria deles de Biguaçu, para internação, por causa das negativas do Helmuth Nass. 2k6u54
Handerson Wisbech, emocionado e muito indignado, por estar há mais de sete dias internado nos corredores do Hospital Regional de São José, deitado em uma maca, faz comentário sobre a atitude do Hospital de Biguaçu de negar sua internação no dia 26 de abril naquela unidade de saúde.
Fonte https://jornaisemfoco.com.br/poster-pub/descaso-hospital-de-biguau-nega-275-internaes-desde-2023-mesmo-recebendo-r-2662000-00-de-verba-fixa-mensal